segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Feitura Astral

"Sol lua e chuva
no mesmo poema
o dia a tarde e a noite
triângulo de amor com açoite

água fogo e vinho
mas sem haver milagre
pisar no inferno
almejando  céu
alvejando espaços longos vagos

mirar marasmos
tirar celeumas
girar roldanas
pirar de espasmos
virar as jogadas
apagar pegadas

cometer os dados erros
invocando o próprio eros
que é dado logo pós parto
intrinsecamente à vênus dos sentimentos
afastando qualquer típico
ou atípico sofrimento

tudo em nome da liberdade
assim sendo mais leves
os momentos de solidão
juntando as forças vitais
os elementos naturais
pra devastar nefastas perplexidades
diante do fluxo espontâneo da criatividade"

F. Rey

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Madrugada (luto)

O meu corpo tão acostumado ao teu,
ainda se dá conta, não esqueceu
que a noite fria fica mais vazia
com a falta do seu cheiro.
Cheiro de macho que sabe
muito bem a fêmea que tem.
Partirei as algemas das lembranças
Deixarei o destino ter a chance
de se explicar, de me mostrar,
Quem sabe provar,
que minha vida só foi caminho,
pra que ou pra quem?...sei lá.
O que me importa nesse momento
é que cansei de chorar.
(AC.Lara)